sábado, 9 de abril de 2011

Biotecnologia no diagnóstico e na terapêutica de doenças

A Biotecnologia é uma área do conhecimento que, de uma forma genérica, pode ser considerada como resultante da reunião entre a engenharia e as ciências da vida, de forma a manipular os seres vivos ou os seus componentes, no sentido de obter produtos úteis.

Nos últimos anos, a Biotecnologia tornou-se numa das mais promissoras áreas científico-tecnológicas, capaz de ter aplicações no melhoramento de problemas das mais diversas áreas como a do ambiente, a da saúde e a da produção de alimentos.
  • ANTICORPOS POLICLONAIS
São produzidos como resultado da estimulação de vários clones de linfócitos B, em resposta a um determinado antigénio.  Apresentam especificidade para cada um dos diferentes determinantes antigénicos. A contaminação do organismo por um agente patogénico conduz, naturalmente, à produção de anticorpos policlonais. Os anticorpos extraídos do soro de animais inoculados com antigénios são policlonais. Dada a diversidade molecular do seu conteúdo, este soro, tradicionalmente utilizado em processos de imunização passiva, envolve riscos de rejeição e ataque imunitário por parte do receptor.
  • ANTICORPOS MONOCLONAIS
São obtidos laboratorialmente e em grandes quantidades a partir da estimulação de um único clone de linfócitos B. São todos iguais e específicos para um só determinante antigénico.
Utilizados em:
-Testes diagnóstico - teste de gravidez
-Testes serológicos
-Cura em certos tipos de cancro – cancro da mama
-Controlo de algumas doenças auto-imunes
  • BIOCONVERSÃO 
A bioconversão consiste na utilização de células (microrganismos) ou das suas enzimas, para a transformação de um substrato num produto estruturalmente relacionado.

Vantagem:
A utilização de microrganismos veio tornar este processo de síntese mais rápido, mais barato e mais rentável.

Utiliza-se em:
-Antibióticos
-Vitaminas
-Insulina
-Factores de coagulação
-Interferão

Desequilíbrios e doenças II

DOENÇAS AUTO-IMUNES VS IMUNODEFICIÊNCIAS
As doenças auto-imunes ocorrem quando o sistema imunitário se torna hipersensível a antigénios específicos das células ou dos tecidos do próprio organismo. 
Exemplos: 
Lúpus
Artrite reumatóide

As imunodeficiências podem ser inatas ou adquiridas. A maioria das imunodeficiências inatas afectam tanto a resposta humoral como a resposta mediada por células e resultam de deficiências genéticas que se manifesta durante o desenvolvimento embrionário. Estas anomalias traduzem-se por malformações do timo, resultando numa produção deficiente ou na total ausência de linfócitos.
Exemplos:
A mais grave imunodeficiência- SCID
  • A ausência de linf. B e T tornam estes indivíduos extremamente vulneráveis a qualquer agente patogénico. A sua sobrevivência só é possível em condições especiais de esterilidade do meio em que vivem.
Imunodeficiência adquirida- SIDA

Desequilíbrios e doenças I

ALERGIAS
No primeiro contacto com o alergénio não produz geralmente, sinais ou sintomas. Se ocorrer uma nova exposição ao alergénio, este entra em contacto com os mastócitos e basófilos sensibilizados, que libertam histamina e outras substâncias inflamatórias, que por sua vez, desencadeiam uma reacção alérgica. Estas substâncias desencadeiam uma rápida e violenta reacção inflamatória - quimiotaxia, vasodilatação, aumento da permeabilidade dos capilares, edema e dor.


  • Hipersensibilidade

terça-feira, 5 de abril de 2011

Imunização


- Activa: O indivíduo é estimulado a produzir os seus próprios anticorpos
- Passiva: Aquisição de anticorpos provenientes de outros organismos
VACINAS
Consistem na introdução de antigénios com o objectivo de estimular os linfócitos B e adquirir memória imunitária.
SOROS
Contém plasma sanguíneo com anticorpos de indivíduos que já tiveram a doença.

Memória Imunitária


Quando os linf. B ou T são expostos a um antigénio, ocorre a sua activação, que se traduz por uma intensa divisão, originado-se células efectoras e células-memória. Esta resposta é designada resposta imunitária primária e ocorre nos primeiros dias após a exposição ao antigénio.

Uma vez desencadeada a resposta imunitária e debelada a doença, os anticorpos e os linf. T efectores acabam por desaparecer do organismo. Contudo, permanecem as células-memória.

Se mais tarde, o indivíduo voltar a ser exposto ao mesmo antigénio, verifica-se uma resposta imunitária secundária, mais rápida, mais intensa e mais prolongada.